Grupo de pesquisa ligado à linha de Comunicação e Política do Programa de Pós-graduação em Comunicação da Universidade Federal do Paraná.

Covid-19: comunicação eleitoral em tempos de crise

Por Mateus Cunha*

No dia 31 de dezembro de 2019, foi reportado o primeiro caso do novo coronavírus, na China. Desde então, a Covid-19 — doença respiratória causada pelo microrganismo — já se espalhou pelo mundo, ganhando o status de pandemia. De acordo com relatório da Organização Mundial da Saúde divulgado em 6 de abril[1], 208 países já registraram casos da doença, e os números chegam a 1,13 milhão de casos confirmados e de 62,7 mil mortes.

Embora o número possa parecer não tão alto quando comparado à totalidade da população mundial, estimada em 7,8 bilhões de pessoas, e a taxa de mortalidade da doença não seja tão alta, a velocidade de transmissão do novo coronavírus é sem precedentes. De acordo com um estudo liderado pelo Imperial College of London, assinado por 50 cientistas[2], a doença pode estar ainda longe de chegar ao seu pico de contágio. No pior dos cenários projetados, que representa a ausência de intervenções, a Covid-19 pode resultar em 7 bilhões de infectados e 40 milhões de mortos em todo o mundo. No Brasil, esses números podem chegar, respectivamente, a 187,7 milhões e 1,14 milhão.

Para evitar maior disseminação da doença, a OMS tem reforçado a necessidade de isolamento social por tempo indeterminado. No entanto, o período de quarentena é acompanhado por uma série de preocupações, pois tecnicamente, a pandemia é uma crise de saúde, mas, na prática, desencadeia, também, uma crise econômica, com a interrupção de cadeias produtivas e atividades comerciais, e social, com aumento do desemprego, diminuição da renda, das interações sociais, entre outras mazelas. Em função disso, de acordo com projeção do FMI, a recessão causada pela pandemia pode superar a crise financeira de 2008[3]. Já para a chanceler alemã Angela Merkel, a Covid-19 é o maior desafio enfrentado pela Europa desde a Segunda Guerra Mundial[4].

Embora o continente europeu tenha se tornado o novo epicentro da Covid-19, o novo coronavírus é, hoje, uma ameaça intercontinental. Esse quadro caótico revela uma situação paradoxal: em um mundo globalizado, conforme evidencia Bauman (2000, p. 47), “as nações já não estão seguras no abrigo que foi a soberania política do Estado”. Nesse sentido, a crise acarretada pelo coronavírus expõe a incapacidade do Estado de prevenir ameaças externas que transcendem as fronteiras nacionais. Por outro lado, ao mesmo tempo, reforça o seu status de detentor da “dominação legítima” (Weber, 1999), outrora ofuscado por potências financeiras supranacionais. Na conjuntura delineada, querendo ou não, de socialistas a libertários, agora todos dependem da ação do Estado para a resolução do problema, o que transforma a pandemia da Covid-19 em uma oportunidade única de revitalizar uma já desgastada credibilidade dos líderes políticos.

Com efeito, a situação de crise exige que os atores políticos se posicionem. Mais do que isso, exige não apenas palavras, mas atitudes, aliando as duas atividades humanas consideradas políticas e constituintes daquilo que Aristóteles (2013) chamava de bios politikos (vida política): o discurso (lexis) e a ação (práxis). Contudo, a oportunidade mencionada está fundamentalmente condicionada ao desempenho apresentado. Uma boa gestão poderá contribuir para a reeleição de governantes mundo afora; na contramão, um mau desempenho poderá levar, até mesmo, à execração pública. Nesse caso, a prova de fogo passada pelos governantes poderá se tornar uma importante munição para os discursos de seus adversários em futuras eleições.

A atual conjuntura não deixa claro se haverá eleições neste ano, tanto no Brasil quanto no resto do mundo. Mas, de qualquer forma, o fato é que, pela primeira vez na história, uma mesma adversidade pode ter impacto direto nos resultados eleitorais em todo o mundo — da menor cidade ao maior país. De fato, há muito em jogo. Por isso, embora o principal objetivo dos líderes políticos seja evitar que a doença se espalhe e tire um número ainda maior de vidas, seria ingênuo presumir que muitos já não estão de olho nas disputas eleitorais que vêm pela frente. É nesse contexto que a comunicação governamental se confunde com a comunicação eleitoral, e, seguindo o conceito de campanha permanente, o político já atua conforme a projeção da eleição porvir.

No Brasil, essa constatação pode ser verificada no recente conflito entre dois protagonistas políticos que, outrora, já foram aliados, mas, hoje, representam dois movimentos (e formas de pensar) que medem forças. De um lado, Jair Bolsonaro, presidente do Brasil, líderes do governo, grupos de empresários, aliados políticos e entusiastas, que pregam o fim do isolamento social e a reabertura do comércio e das escolas. De outro, João Doria, governador de São Paulo, demais governadores, o Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, um grande número de parlamentares, prefeitos, médicos, cientistas e jornalistas, que defendem a necessidade da quarentena.

O conflito poderia representar apenas uma divergência de opiniões a respeito de como lidar com a pandemia, mas seus discursos sugerem que a disputa entre os dois governantes é, também, eleitoral. Enquanto Bolsonaro já iniciou o seu mandato falando em reeleição; desde que assumiu o governo de São Paulo, em 2019, Doria, que em 2018 foi eleito com o slogan “BolsoDoria”, teceu críticas pontuais em relação a Bolsonaro, que podem ser interpretadas como uma tentativa de se distanciar do presidente e, gradualmente, posicionar-se como seu adversário para as eleições de 2022. Com a crise proporcionada pelo novo coronavírus, as críticas foram elevadas a outro patamar, bem como o ímpeto apresentado por Bolsonaro em suas réplicas.

João Doria em coletiva sobre o Coronavírus

Governador do Estado de São Paulo, João Doria, durante Coletiva de imprensa sobre Coronavírus Foto: govesp

O confronto iniciou no dia 15 de março, quando Doria reprovou a conduta temerária de Bolsonaro, que orientado a ficar em isolamento até refazer testes para o coronavírus, apareceu em público em uma manifestação pró-governo para cumprimentar apoiadores. Na ocasião, Doria declarou: “[…] o presidente Bolsonaro está mais preocupado com a sua vida política. Eu procuro pensar em todos. O presidente pensa nele[5]. No dia seguinte, em entrevista à CNN, disse que se arrependia de ter votado em Bolsonaro nas eleições de 2018[6]. Dois dias depois, em entrevista à rádio CBN, cobrou maior envolvimento de Bolsonaro na crise do novo coronavírus[7]. Em 20 de março, sem citar nomes, Bolsonaro criticou medidas de isolamento tomadas por governadores. Mais tarde, em coletiva de imprensa, Doria respondeu: “Estamos fazendo o que deveria ser feito pelo líder do País, o que o presidente Jair Bolsonaro, lamentavelmente, não faz, e quando faz, faz errado[8]. No dia seguinte, após Bolsonaro classificar a Covid-19 como uma “gripezinha”, Doria reagiu à declaração, lamentando: “[…] gostaria de ter um presidente que liderasse o país em uma crise como esta”[9].

A fala parece ter sido o estopim necessário para provocar um ataque direto por parte de Bolsonaro. Em entrevista à CNN[10], o presidente chamou Doria de “lunático”, acusou-o de usar o seu nome para se eleger como governador e de estar se aproveitando da situação para crescer politicamente. A reação de Bolsonaro foi suficiente para desencadear uma guerra discursiva. Pelo Twitter, Doria respondeu que Bolsonaro chamou a Covid-19 de “gripezinha” e questionou: “eu que sou lunático?”[11]. Dois dias depois, em coletiva de imprensa, Doria lamentou o comportamento beligerante de Bolsonaro e afirmou que “não é este procedimento que se espera de um presidente da República”[12].

Mas foi na manhã de 25 de março que o conflito atingiu o seu clímax. Em reunião entre Bolsonaro e governadores dos estados do Sudeste[13], Doria disse a Bolsonaro que este, como presidente da República, deveria dar o exemplo durante a crise, e lamentou o seu pronunciamento oficial na noite anterior, no qual Bolsonaro se mostrou contra as medidas de isolamento impostas pelos governadores. A declaração inflamou o presidente brasileiro, que, irritado, levantou o tom de voz e classificou a acusação de Doria como “leviana” e “demagogia barata”. Disse que Doria se apoderou do seu nome para ser eleito governador, mas que depois este “virou as costas” e passou a atacá-lo, pois “subiu à sua cabeça a possibilidade de ser presidente da República”. Afirmou, ainda, que o governador de São Paulo “não tem responsabilidade”, “não tem altura para criticar o governo federal” e “não é exemplo para ninguém”. À tarde, ao comentar o ocorrido, Doria declarou que recebeu “um ataque descontrolado do Presidente”, e que este, “ao invés de discutir medidas para salvar vidas, preferiu falar sobre política e eleições[14].

Dois dias depois, durante coletiva de imprensa[15], Doria voltou a criticar a postura de Bolsonaro de defender o abandono do isolamento social, argumentando: “Quase metade da população do planeta está em casa. O mundo inteiro está em casa e o único certo é o presidente Jair Bolsonaro?”. Na oportunidade, Doria afirmou que a posição de Bolsonaro era contrária à do Ministério da Saúde, questionando: “Afinal temos um governo federal ou dois governos?”. Nos dias seguintes, a troca de acusações não parou. Em ordem cronológica, podem ser resumidas da seguinte forma:

27/03 – Após relatar que na noite anterior sofreu ameaças por parte de apoiadores de Bolsonaro, Doria afirmou que não tem medo de “Bolsonaristas”, “Bolsominions”, de “01, 02, 03 e 04” (em alusão aos filhos do presidente)[16]. No mesmo dia, em entrevista ao programa Brasil Urgente, Bolsonaro chamou Doria de “papagaio de auditório”, devido às frequentes coletivas de imprensa convocadas pelo governador para anunciar as ações do governo contra o novo coronavírus[17].

28/03 – Em entrevista a uma agência de notícias, Doria declarou que Bolsonaro “não está com as faculdades mentais em plenitude para poder exercer o comando do país”[18].

30/03 – Em coletiva de imprensa[19], questionado acerca da visita de Bolsonaro ao comércio brasiliense no dia anterior, Doria pediu para que as pessoas não seguissem as orientações do presidente da República, pois este “não orienta corretamente a população e lamentavelmente não lidera o Brasil no combate ao coronavírus e na preservação da vida”. Na ocasião, Doria anunciou ainda o lançamento de uma campanha do governo do estado pedindo para que as pessoas ficassem em casa durante a pandemia.

31/03 – Em nova coletiva de imprensa[20], Doria disse esperar que Bolsonaro tivesse “[…] humildade, reconhecendo seu erro de estimular as pessoas a saírem de casa”. O governador paulista ainda anunciou que se Bolsonaro decretasse a reabertura do comércio, o governo de São Paulo acionaria a justiça para evitar isso[21].

01/04 – Em reação ao novo pronunciamento do presidente[22], realizado na noite anterior, Doria elogiou o seu discurso, dizendo que ficou feliz de “[…] assistir um presidente da República mais moderado e com bom senso, colocando uma mensagem equilibrada à população brasileira”. Porém, em seguida, disse que ficou preocupado com uma publicação de Bolsonaro criticando os governadores e questionou: “Em qual presidente da República nós devemos confiar? Aquele que ontem fez uma mensagem ponderada no seu pronunciamento, ou no que menos de 12 horas depois faz uma agressão em postagem aos governadores?”. Por fim, concluiu pedindo “coerência” a Bolsonaro.

Uma breve análise dos discursos

Se recorrermos a conhecimentos acerca do funcionamento de um discurso, conforme o entendimento de autores como Charaudeau (2006, 2015, 2016) e Maingueneau (2008a, 2008b), todo ato de linguagem passa pela construção de uma imagem de si, pois a partir do momento que um sujeito diz algo, transparece uma imagem daquilo que ele é. A esse fenômeno, Aristóteles (2005) chamou de ethos. Ao analisar o processo de persuasão de um auditório, o filósofo grego identificou a existência de três provas de persuasão fornecidas pelo discurso: ethos (caráter), quando o discurso é proferido de modo a deixar a impressão do orador ser digno de confiança, pathos (emoção), quando o ouvinte é persuadido por sensações causadas pelo discurso, e logos (razão), quando a verdade (ou o que parece ser verdade) é demonstrada através de argumentos lógicos. Das três provas de persuasão, Aristóteles constatou que o ethos é a principal delas, pois “acreditamos mais e bem mais depressa em pessoas honestas, em todas as coisas em geral, mas sobretudo nas de que não há conhecimento exato e que deixam margem para dúvida” (ARISTÓTELES, 2005, p. 96).

Na política, o ethos representa um recurso estrategicamente explorado para conquistar a opinião pública. Essa característica é especialmente marcante no discurso eleitoral, em virtude do seu caráter imanente de constantes embates entre candidatos que disputam os votos dos eleitores. Em uma eleição, tão importante quanto fabricar um ethos favorável de si mesmo é construir imagens desfavoráveis do adversário, para que o eleitor faça a comparação. Isso pode ser realizado de forma explícita, através do apontamento de defeitos, ou implícita, por meio de sutilezas que permeiam o que não está na superfície do discurso, mas é inteligível.

No tocante às declarações de Doria e Bolsonaro, uma análise preliminar dos discursos revela que, enquanto este se defende das acusações, em um discurso reativo que rotula aquele como leviano, demagogo, traidor, oportunista, irresponsável, irrelevante, indecente e exibicionista, possivelmente motivado por uma iminente candidatura em 2022, é o governador quem toma as iniciativas e parte para os ataques. Doria questiona a capacidade de liderança do presidente brasileiro, projetando imagens de Bolsonaro como um sujeito egoísta, negligente, incompetente, descontrolado, inconsequente, utopista, segregador, louco, soberbo, desconfiável, agressivo e incoerente.

Se, conforme compreensão a partir de Blikstein (2006), a menção a um defeito já implica o seu contrário, isto é, uma qualidade, que se encontra em um discurso implícito, o sentido inteligível estabelecido nas declarações de Doria é que a oposição entre o governador e o presidente se estende a atributos pessoais. Se Bolsonaro é egoísta, Doria é altruísta; se Bolsonaro é negligente, Doria é comprometido; se Bolsonaro é incompetente, Doria é competente, e assim por diante.

Essa visada discursiva de comparação constante pode ser verificada não apenas nos ataques diretos ao presidente, mas também em outras nuances reveladas pelas suas declarações, ações e posicionamentos, tais como: 1) Doria trata a pandemia com muita seriedade, Bolsonaro a classifica como uma “gripezinha”; 2) Doria age em sintonia com os outros governadores, inclusive assumindo, de forma sutil, o papel de “líder do grupo”, Bolsonaro coloca a população contra os governadores; 3) Doria mantém uma boa relação com jornalistas, Bolsonaro constantemente ataca a imprensa; 4) Doria exalta a ciência, Bolsonaro contraria as orientações de médicos e pesquisadores; 5) Doria enfatiza que a sua gestão é transparente e divulga o resultado do seu exame de coronavírus, Bolsonaro se nega a fazer o mesmo.

Com efeito, enquanto desqualifica Bolsonaro, Doria constrói um ethos repleto de imagens favoráveis de si mesmo, possivelmente preparando terreno para uma iminente disputa presidencial. Embora até pouco tempo pudesse parecer improvável, com a pandemia da Covid-19, por enquanto, a estratégia de se descolar da imagem de “BolsoDoria” e se transformar na personificação do “AntiBolsonaro” parece estar rendendo bons frutos. Uma pesquisa realizada pelo Atlas Político[23] entre 23 e 25 de março revelou que a imagem de João Doria melhorou significativamente. Na semana anterior, 74% dos entrevistados tinham uma imagem negativa de Doria, que caiu para 54%. Já a de Bolsonaro saltou de 52% para 57%. Fenômenos dessa ordem evidenciam que, em tempos de crise, a comunicação eleitoral não se restringe ao calendário eleitoral definido pelo TSE. Muito pelo contrário.

* Mateus Cunha é é Publicitário e Mestre em Comunicação pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Em 2019, passou a integrar o corpo de pesquisadores do Grupo de pesquisa Comunicação Eleitoral (CEL/UFPR).

Notas

[1] Disponível em: <https://www.who.int/docs/default-source/coronaviruse/situation-reports/20200405-sitrep-76-covid-19.pdf?sfvrsn=6ecf0977_4>. Acesso em 06 abr. 2020.

[2] O relatório completo pode ser acessado no site oficial do Imperial College of London. Disponível em: <https://www.imperial.ac.uk/mrc-global-infectious-disease-analysis/covid-19/report-12-global-impact-covid-19/>. Acesso em 31 mar. 2020.

[3] Para informações detalhadas, acessar notícia publicada pelo jornal Estado de Minas. Disponível em:  <https://www.em.com.br/app/noticia/internacional/2020/03/23/interna_internacional,1131677/para-fmi-recessao-mundial-por-covid-19-pode-ser-pior-que-a-de-2009.shtml/>. Acesso em 30 mar. 2020.

[4] O pronunciamento da chanceler alemã pode ser assistido no site do jornal alemão DW. Disponível em:  <https://www.dw.com/en/merkel-coronavirus-is-germanys-greatest-challenge-since-world-war-two/a-52830797>. Acesso em 30 mar. 2020.

[5] A declaração de Doria pode ser conferida em notícia do jornal Estadão. Disponível em:  <https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,bolsonaro-esta-mais-preocupado-com-sua-vida-politica-do-que-com-a-vida-das-pessoas-diz-doria,70003234084>. Acesso em 01 abr. 2020.

[6] Trechos da entrevista de Doria à CNN foram reproduzidos pelo jornal Estadão. Disponível em:  <https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,doria-diz-que-se-arrepende-de-ter-votado-no-bolsonaro,70003235750>. Acesso em 01 abr. 2020.

[7] A entrevista na íntegra pode ser ouvida no site da rádio CBN. Disponível em:  <https://cbn.globoradio.globo.com/media/audio/295163/nao-ha-cabimento-ter-burocracia-para-destinar-recu.htm>. Acesso em 01 abr. 2020.

[8] Trechos da coletiva de imprensa de Doria foram reproduzidos pelo jornal Estadão. Disponível em:  <https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,estamos-fazendo-o-que-deveria-ser-feito-pelo-lider-do-pais-diz-doria,70003241521>. Acesso em 01 abr. 2020.

[9] A declaração de Doria pode ser conferida em notícia do site UOL. Disponível em:  <https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2020/03/21/doria-cutuca-bolsonaro-e-imperdoavel-que-minimizem-nao-e-uma-gripezinha.htm>. Acesso em 01 abr. 2020.

[10] Trechos da entrevista de Bolsonaro à CNN foram reproduzidos pelo site UOL. Disponível em:  <https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2020/03/21/bolsonaro-chama-doria-de-lunatico-e-sugere-calculo-politico-com-quarentena.htm>. Acesso em 01 abr. 2020.

[11] O tweet pode ser visualizado no perfil oficial de João Doria no Twitter. Disponível em:  <https://twitter.com/jdoriajr/status/1241540842399002624>. Acesso em 01 abr. 2020.

[12] A declaração de Doria pode ser conferida em notícia da revista Exame. Disponível em:  <https://exame.abril.com.br/economia/doria-elogia-mp-do-governo-mas-diz-a-bolsonaro-que-nao-e-hora-de-brigar/>. Acesso em 01 abr. 2020.

[13] Trechos da reunião entre Bolsonaro e governadores foram reproduzidos pelo jornal Folha de São Paulo. Disponível em:  < https://www1.folha.uol.com.br/poder/2020/03/em-reuniao-tensa-doria-cobra-equilibrio-e-bolsonaro-pede-para-tucano-sair-do-palanque.shtml>. Acesso em 01 abr. 2020.

[14] A declaração de Doria pode ser conferida em notícia do Jornal do Brasil. Disponível em:  <https://www.jb.com.br/pais/politica/2020/03/1022977–recebi-ataque-descontrolado-do-presidente—diz-doria-sobre-reuniao-com-bolsonaro.html>. Acesso em 01 abr. 2020.

[15] Trechos da coletiva de imprensa de Doria foram reproduzidos pelo site de notícias G1. Disponível em:  <https://glo.bo/2UD9Vit >. Acesso em 01 abr. 2020.

[16] A declaração de Doria pode ser conferida em notícia do site UOL. Disponível em:  <https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2020/03/27/nao-tenho-medo-de-01-02-03-e-04-nao-tenho-medo-de-bolsonaro-diz-doria.htm>. Acesso em 01 abr. 2020.

[17] A declaração de Bolsonaro pode ser conferida em notícia do jornal Correio Braziliense. Disponível em:  < https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/politica/2020/03/27/interna_politica,840813/bolsonaro-chama-doria-de-papagaio-de-auditorio-e-duvida-de-mortes-em.shtml>. Acesso em 01 abr. 2020.

[18] A entrevista na íntegra pode ser lida no site da rádio Jovem Pan. Disponível em:  <https://jovempan.com.br/noticias/brasil/doria-critica-bolsonaro-faculdades-mentais.html>. Acesso em 01 abr. 2020.

[19] Trechos da coletiva de imprensa de Doria foram reproduzidos pelo site UOL. Disponível em:  <https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2020/03/30/sp-lanca-campanha-pro-quarentena-e-doria-diz-nao-sigam-o-presidente.htm>. Acesso em 01 abr. 2020.

[20] O trecho citado da coletiva de imprensa de Doria pode ser assistido em notícia do site UOL. Disponível em:  <https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2020/03/31/doria-pede-humildade-a-bolsonaro-reconheca-seu-erro.htm>. Acesso em 01 abr. 2020.

[21] A declaração de Doria pode ser conferida em notícia do site Terra. Disponível em:  <https://www.terra.com.br/noticias/brasil/se-bolsonaro-decretar-reabertura-de-comercio-governo-de-sp-ira-a-justica-alerta-doria,80f5c30d983470d0a44cd9ccf1b657567ja51dh7.html>. Acesso em 01 abr. 2020.

[22] Trechos entrevista de Doria foram reproduzidos pelo jornal Folha de São Paulo. Disponível em:  <https://www1.folha.uol.com.br/poder/2020/04/doria-elogia-discurso-de-bolsonaro-e-pede-que-presidente-nao-ceda-a-gabinete-do-odio.shtml>. Acesso em 01 abr. 2020.

[23] Para mais informações, acessar reportagem do jornal El País. Disponível em:  <https://brasil.elpais.com/brasil/2020-03-26/crise-com-coronavirus-desgasta-bolsonaro-e-melhora-imagem-de-doria-favoravel-a-quarentena.html>. Acesso em 02 abr. 2020.

 

Referências bibliográficas

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